segunda-feira, 22 de março de 2010

Suor e talento«Monumento erigido ao arguina«canteiro»





19Jan 07Os verbos dos arguinas
Por OHpositivo - Nuno Oliveira, http://ohpositivo.blogs.sapo.pt/

"O morrão dos arguinas está a farpar a gerigota para o rufo a fim de esfagunhir, o gandiço que os arguinas hão-de rustir ao meio luzeiro" (tradução: O rapaz, servente dos pedreiros, está a rachar lenha para o lume a fim de cozer a comida que os pedreiros hão-de comer ao meio-dia).

"A caneira de moiano é lhega gidaça e não foca o badejo na pildra de soianos" (tradução: A minha esposa é mulher bonita e não dorme na vossa cama).



Esta é a pitoresca, caracterizada e humilde linguagem "calão" ou "gíria" que foi criada e utilizada pelos pedreiros (arguinas), artífices no trabalho da pedra, de Nogueira do Cravo e Santa Ovaia, essencialmente, ao longo de anos, com a finalidade principal de comunicarem entre si sem que, em especial o patrão ou um estranho, se apercebem-se dos seus intuitos. Um acto que demonstra o espírito de solidariedade e corporação profissional que reinava entre eles, daí que durante muitos anos a divulgação e tradução pública da mesma foi evitável, mantendo-se em segredo.