Poema escrito pelo padre G. P. a mestre Eugénio Macedo.
O BOMBEIRO
Eugénio Macedo olhou o penedo e viu, dentro dele, aquele segredo que mais ninguém vê, se olha à flor da pele da arte se descrê.
Sempre a obra medra
na ideia sonhada… Lá dentro da pedra, estava um bombeiro que subia a escada, garboso e ligeiro. Ninguém via nada.
Com escopro e cinzel, Eugénio Macedo, desbasta, a granel, o grande penedo. Esboça-lhe um corpo, talha o capacete: com cinzel e escopro, põe-lho no topete. As mãos nos varais, os pés nos degraus, atento aos sinais, que parecem maus uma missão cumprida que é “vida por vida”!
Arte é sempre gala! Com buril ou broxa, nunca a obra é fátua… No cepo ou na rocha, há sempre uma estátua preciso é tirá-la.